insidious
Dirigido por James Wan

A vida de uma família muda quando um dos filhos entra em coma, após um acidente tão comum, que normalmente não causaria nada tão grave. Uma resposta científica para o que está acontecendo é descartada após inúmeros fenômenos sobrenaturais na casa, e revelações sobre o histórico da família.

 

 

Sim, dá medo. Não, não é uma obra prima, mas tem os seus momentos. Ao contrário de muitas, mas muitas histórias de casa assombrada, essa família se muda quando a paranormalidade fica evidente. É uma pena que não adianta nada.

O marido é carinhoso mas ausente, forçando a mãe a lidar sozinha com um bebê que vive chorando, um filho que se sente solitário e Dalton, que caiu de uma velha escada e se recusa a acordar. Sem mencionar as aparições as quais ela se vê sujeita de uma hora pra outra.

insidious1Quando a mudança de residência não resolve o problema, somos apresentados ao trio de caça-fantasmas, que apesar das boas intenções, provoca risadas quando não quer e desconforto quando querem ser engraçados. Sua líder, cujos poderes psíquicos mudam de acordo com a conveniência do roteiro, informa a família que Dalton tem uma habilidade muito especial, a de projetar a sua alma para qualquer lugar durante o sono, deixando o seu corpo vazio e à mercê de espiritos que desejam viver novamente.

Desfilam por Sobrenatural um festival de fantasmas de diferentes espécies. Temos os que aparecem como flashes fotográficos, só para dar susto. Temos aqueles com aspecto demoníaco que demoram na tela, para apreciarmos a complexidade de sua maquiagem. O que mata o efeito desejado, já que acabamos nos acostumando com a aparência deles. Temos os sorrateiros, que nem parecem fantasmas, como o misterioso menino na cozinha. Ele é o mais inofensivo, mas o susto que ele causa é o que permanece mais tempo em quem assiste. Primeiro porque você se pergunta se realmente viu o que achou que viu, segundo, poque ele prova que para estar lá, não depende de suspense ou até mesmo de que os moradores da casa o notem.

Insidious2A história tem uma reviravolta, quando descobrimos que Dalton pode ter herdado do seu pai muito mais do que atributos físicos. O que faz dele o candidato perfeito para trazer o filho de volta de onde quer que ele esteja.

O grande problema do filme é que ele tem estilos demais e acaba se perdendo. Ele parece ter até mais de uma sequência de abertura. A primeira parte é séria e assustadora, a segunda é caricata e confusa. A vidente consegue ver e se comunicar com qualquer espírito, inclusive Josh fora do seu corpo, mas nunca vê Dalton.  Os espiritos querem o menino, mas os seus truques chamam tanto a atenção da família, que esta consegue a ajuda necessária para impedí-los. A expressão “menos é mais” passou longe tanto dos fantasmas conspiradores, quanto da produção do filme.