Dirigido por Wes Craven
Dirigido por Wes Craven

Um assassino mascarado, usa clichês de filmes de terror para matar adolescentes, em uma cidade com um histórico violento.

 

 

 

 

Então… Linda Blair (O Exorcista) faz uma ponta como repórter, Freddy Krueger também está lá, limpando os corredores da escola. O assassino não tem rosto e uma aspirante a coelhinha da Playboy, morre sem sutiã, mas Pânico é violento demais para ser confundido com uma paródia.

Scream2Os alunos do colégio Woodsboro, estão sendo forçados a odiar o seu gênero de filmes favorito. Por mais que eu ame filmes de terror, nunca passou pela minha cabeça, ser transportada para dentro de um. Até dramas, dependendo do nível de choradeira, podem ser assustadores na vida real. Filme é bom assim, eles lá na tela e nós aqui.

Pânico começa com Drew Barrymore sozinha em casa, tarde da noite. Ela recebe uma ligação que fica entre engano e trote, até que a misteriosa voz do outro lado da linha, seduz a garota com um papo sobre cinema. Quando o modus operandi do assassino é revelado, Drew é impedida de passar do primeiro ato do filme, mesmo sendo a mais famosa do elenco na época. Em uma sequência cheia de sarcasmo, que aponta os clichês para estar acima deles, acontece o improvável. Uma cena brutal e assustadora de assassinato, que o diretor passa o restante do filme tentando igualar.

Vários clássicos do terror são mencionados, como exemplos de similaridades com os eventos do próprio filme e também como guias de sobrevivência. Em um filme onde o assassino segue regras básicas de slashers, quem for cinéfilo de verdade, pode se sentir seguro.

O próximo nome da lista é Sidney, filha de uma mulher que foi assassinada no ano anterior, mas que antes disso, era conhecida como o “corrimão de quartel” da cidade. De acordo com as regras, Sidney não pode morrer porque ainda é virgem, o que acaba fazendo dela a heroína perfeita, para ser aterrorizada como a primeira vítima, mas escapar, tornando pública as intenções e a aparência do vilão.

screamUma repórter ambiciosa, que já se estranhou com Sidney no passado, volta para atrapalhar uns e ajudar outros. Com o circo criado pela polícia e pela mídia, os estudantes agem como se estivessem vendo um filme de terror. Fazem palhaçadas em grupos, mas morrem de medo sozinhos.

Os suspeitos oficiais são o namorado frustrado e o pai de Sidney, que desapareceu numa viagem de negócios. Fora do filme, nossos olhos procuram por personagens menos óbvios, como o xerife abobalhado ou o diretor da escola.

Um apelido é dado ao serial killer e com sua fantasia de carnaval, ele entra para o hall da fama dos vilões sanguinários. O medo toma conta da cidade e as aulas são suspensas. Para manter o clima de homenagem que este filme possui, os personagens não poderiam deixar de tomar péssimas decisões, como se isolar uns dos outros, servindo de isca, mesmo na escola ou durante uma festa.

Wes Craven voltou do limbo e com ele, o slasher adolescente dos anos 70 e 80. Pânico gerou várias sequências, inspirou alguns clones e serviu de base para a franquia de Todo Mundo em Pânico, cujo formato também foi ressuscitado das décadas anteriores. Um filme que dá medo, mesmo cheio de deboche.

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