
Um grupo de estudantes de medicina tira uma folguinha da faculdade para esquiar. Ao encontrarem um tesouro debaixo de sua cabana, eles são atacados por zumbis nazistas.
Essa é nova…Zombies on Ice! E esses são talvez (eu vou ter que pesquisar um pouco mais sobre o assunto) os únicos zumbis que não precisaram voltar dos mortos para serem odiosos. Este é um grupo fechado de mortos-vivos, não pense que você seria bem vindo simplesmente se recebesse uma mordida.
Eles não querem o seu cérebro ou a sua carne, eles querem continuar sua ideologia e acreditam que pra isso, precisam de “capital”, portanto, tire suas mãos das economias deles.
São sete amigos, mais uma esquiadora que planejava descer as montanhas sozinha para encontrar o grupo, mas se envolve numa perseguição no início do filme, acompanhada de uma trilha sonora que diz: você não irá rir da gente porque nós vamos rir com você!
O carro não chega até a cabana e não há sinal de celular. Mas eles não estão mal equipados ou isolados. Durante o passeio eles são alertados sobre um massacre que aconteceu naquele lugar, envolvendo a população local e o regimento nazista que a controlava. Desde então, existe uma suposta maldição rondando aquelas montanhas.
Por acidente, os jovens encontram um modo de despertar o disciplinado pelotão, que mesmo desarmado, é difícil de derrotar. Pelo limitado número de vítimas, a quantidade de sangue e tripas surpreende. Os turistas se armam com o que conseguem achar, alguns tentam distrair os zumbis, enquanto outros fogem para achar o carro.
Aqueles uniformes, tão enraizados na nossa mente como parte de algo terrível que realmente aconteceu, ajudam a manter o horror, mesmo quando os nazistas se tornam triviais, se multiplicando em plena luz do dia.
Uma batalha sangrenta, digna dos soldados da segunda guerra mundial, consegue deter o terceiro reich por algum tempo. A cena do contra-ataque dos estudantes só não é tão épica quanto a cena seguinte, que mostra a verdadeira quantidade de inimigos que eles têm pela frente.
Dead snow é um filme norueguês de terror, ação, comédia e por que não, romance! Sim, eu estou falando da inesquecivel cena no banheiro, envolvendo um cinéfilo e uma garota sem olfato.
Não é um terror que irrita ou insulta, a não ser que você se ofenda com zumbis inteligentes, bem organizados e com uniformes impecáveis. O lugar comum passa longe desta produção, e não só pela motivação dos zumbis. O filme é curto e agitado, cheio de coisas interessantes como aulinhas de medicina, sobrevivência em situações extremas, paródia sobre filmes de terror e até um pouquinho de história local. Eu não vou dizer que é diversão pra toda a família, mas se você não fizer parte do grupo de vítimas, o final não irá te desapontar.